Na tentativa de aumentar o turismo internacional na Argentina, o presidente Mauricio Macri assinou um decreto, ontem (27), que a visitantes estrangeiroisents de pagarem o imposto sobre consumo (o IVA, equivalente ao ICMS brasileiro) em hotéis. Com a medida, a hospedagem ficará 21% mais barata no país quando for paga com cartão de crédito -compensando, para os brasileiros, a alíquota do IOF, de 6,38%.
A medida tenta dar competitividade ao turismo argentino, que registrou uma queda de 6% no número de viajantes internacionais nos sete primeiros meses deste ano na comparação com o mesmo período de 2015. Os brasileiros que chegam ao país por via aérea, que em 2015 representaram 17% do total, diminuíram sua presença em média mensal de 23% nos sete primeiros meses deste ano.
A medida acontece em um momento em que o país enfrenta grave recessão. No segundo trimestre, a economia encolheu 2,1% em relação aos primeiros três meses do ano, resultado pior que o previsto por analistas. O PIB argentino acumula três trimestres seguidos de retração.
“Essa é nossa segunda estratégia para melhorar a competitividade. A primeira, adotamos em dezembro, quando unificamos o câmbio”, disse o ministro de Turismo, Gustavo Santos.
Até o ano passado, o estrangeiro que viajava à Argentina comprava com US$ 1 cerca de nove pesos no mercado oficial e 15 pesos no negro (paralelo). Com a unificação -e a desvalorização-, hoje é possível comprar 15 pesos com US$ 1 oficialmente. Países como Chile, Uruguai, Peru, Equador e Colômbia já dão isenção no imposto de hospedagem.
O desempenho argentino no mercado internacional em geral têm sido fraco. Em 2015, 5,7 milhões de pessoas viajaram ao país, mesmo número de 2011.