
A frustração com uma economia que não deslancha refletiu no Dia das Mães e também deverá afetar negativamente o Dia dos Namorados. A data, que será comemorada no próximo dia 12, terá queda real (descontada a inflação) de 12% tanto no valor dos presentes quanto na movimentação financeira no ABC, segundo Pesquisa de Intenção de Compra (PIC) realizada pela Universidade Metodista de São Paulo.
O preço médio que os “enamorados” da região revelam estar dispostos a pagar por presente neste ano é R$ 161, contra R$ 174 em 2018. O impacto projetado no comércio é de R$ 66,6 milhões.
Considerando gastos totais (com mais de um presente), o tíquete médio chega a R$ 196. Na PIC do ano passado, essa cifra correspondia a R$ 235. Houve, assim, queda de 20% em termos reais, descontando a inflação em 12 meses (até abril último) de 4,94%, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
“Considerando a atual conjuntura econômica e política e a revisão contínua do Produto Interno Bruto (PIB) para baixo, este Dia dos Namorados terá queda significativa (nas vendas) e reverterá tendência de recuperação verificada ao longo do biênio 2017-2018”, disse o professor de Ciências Econômicas e pesquisador do Observatório Econômico da Metodista, Moisés Pais dos Santos.
Os presentes mais procurados para a data devem ser vestuário (39%), perfumes/cosméticos (17%), joia e bijuteria (8%), cesta de café da manhã/doces (7%), flores (6%) e livros (4%). Os shoppings continuam sendo os estabelecimentos preferidos para a compra (50%), seguidos do comércio formal do Centro, com 20%.