
O segundo dia de greve dos caminhoneiros autônomos afetou o abastecimento em alguns setores, como o automotivo, o de carnes e o de combustíveis.
Foi registrada uma morte, no Paraná. Um homem foi atropelado acidentalmente na BR-376, em Paranavaí, durante um bloqueio. O nome da vítima não foi revelado.
Há dificuldade para a produção de veículos. Quatro fábricas já têm linhas suspensas: as da General Motors em Gravataí (RS) e São Caetano; e as da Ford em Camaçari (BA) e Taubaté, no Vale do Paraíba paulista.
Nas três primeiras faltam peças, enquanto a planta de Taubaté parou porque produz motores e transmissões para a de Camaçari.
Se a greve persistir, a fábrica da Volkswagen em Taubaté também poderá suspender operações. “Se essa situação não for resolvida até o fim desta semana, teremos um problema setorial grave”, disse Antonio Megale, presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
Cinco plantas ligadas à avicultura e suinocultura em Minas Gerais, Santa Catarina, Goiás e Rio Grande do Sul tiveram de suspender operações.
O cenário piora hoje, se a greve for mantida, diz a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Ao menos 20 unidades não terão como operar, afetando o abastecimento no país e as exportações.
“O impacto até aqui é muito mais relevante do que das outras vezes (em que caminhoneiros pararam)”, disse Ricardo Santin, vice-presidente da ABPA, que representa mais de 140 agroindústrias e entidades vinculadas à avicultura e à suinocultura.
A Inframerica, administradora do aeroporto de Brasília, informou que caminhões com combustíveis para os aviões “enfrentam dificuldades para chegar” ao local.