
A pouco mais de duas semanas do primeiro turno das eleições municipais, a candidatura do professor de Economia Bruno Daniel (PSOL) ao Paço de Santo André deve “ganhar as ruas” hoje (31). Com uma carreata que começa às 9h na Estrada do Pedroso e deve terminar na Praça do Carmo, o psolista fará sua primeira atividade fora das redes sociais.
“Tomei a decisão de fazer toda a campanha de casa, por meios virtuais. Só abriremos exceções neste e no próximo fim de semana, mas vou estar no caminhão. Quero preservar minha família e meus amigos, e não vou provocar aglomerações que possam colocar a vida de munícipes em risco”, disse Bruno Daniel, em entrevista ao Diário Regional.
Estreante nas urnas, o psolista têm realizado reuniões virtuais a fim de levar seu programa de governo à população. Além da preocupação com a pandemia, o partido teve problemas com a gráfica contratada, o que atrasou a confecção do material de campanha.
“É um grande desafio tornar minha candidatura conhecida em poucas semanas, mas tenho certeza de que teremos na militância, na chapa de candidatos a vereador e em seus grupos de apoio uma ponta de lança importante”, afirmou o prefeiturável.
Outro desafio de Bruno Daniel é vencer a rejeição de parte do eleitorado a políticos de esquerda, que se espalhou com a derrocada da economia nos últimos anos de mandato da presidente Dilma Rousseff, foi amplificada por denúncias de corrupção apuradas pela operação Lava Jato e levou à eleição de Jair Bolsonaro (sem partido) para o Palácio do Planalto.
“Houve uma onda contrária às posições de esquerda, mas é possível observar uma virada, inclusive no plano internacional – por exemplo, na eleição do candidato de Evo Morales (Luis Arce) na Bolívia e de Aberto Fernandes na Argentina, apoiado por uma frente antiliberal. No Brasil, temos o avanço da candidatura (de Guilherme) Boulos (PSOL) na Capital. O voto é fluido, não existe esse peso ideológico tão forte”, argumentou.
Irmão de Celso Daniel, considerado por boa parte da população o melhor prefeito da história de Santo André, o psolista disputa com outros dois candidatos da esquerda o legado deixado pelo petista, assassinado em 2002: a vereadora Bete Siraque (PT) e o ex-prefeito João Havamileno (Solidariedade), que assumiu o Paço andreense após a morte de Celso.
“Tentamos construir uma frente ampla de esquerda, porque entendemos que a democracia está sob ataque, até pensando em 2022. O problema é que as conversas não avançaram e só conseguimos construir a coligação com a Rede (Sustentabilidade), o que para nós é motivo de muito orgulho, porque o partido tem quadros de muita qualidade, inclusive ambientalistas, que nos ajudaram a aperfeiçoar o plano de governo”, afirmou.
O psolista não descarta o apoio o PT em um eventual segundo turno contra o prefeito Paulo Serra (PSDB), que disputa a reeleição. “Preservar a democracia pressupõe construir alianças, e aliança só se faz com pessoas que pensam diferente – desde que em cima de bases programáticas.”
INOVAÇÃO
Bruno disse que não usará a imagem do irmão como muleta e que respeitar o legado do petista significa inovar. “Celso estava à frente do seu tempo, inovava o tempo inteiro. As coisas mudaram muito desde 2002, mas a inovação permeia todo nosso plano de governo.”
No campo econômico, por exemplo, o prefeiturável defende modelo baseado na sustentabilidade. Uma das propostas é o incentivo à produção de energia solar fotovoltaica.
“Vemos hoje o declínio da atividade industrial em favor dos serviços e do comércio, que pagam salários mais baixos. Por isso, é necessário agregar à indústria novas frentes de expansão de investimentos. A energia solar fotovoltaica geraria uma cadeia de produção e de empregos na cidade”, propôs Bruno Daniel.
Acredito no Bruno Daniel! Vamos todos colocá-lo na Prefeitura! Suas idéias väo enriquecer as pessoas e trazer bem-estar social para todos.
Parabéns vc sera o nosso Prefeito, ja esta escrito ñ tenho duvidas disso.