Quatorze anos após a criação do Polo de Cosméticos de Diadema, considerado um dos mais bem-sucedidos modelos de associativismo da história do ABC, nova articulação encabeçada pela prefeitura com a participação de instituições de ensino e entidades promete tirar da “hibernação” a iniciativa, desta vez sob a forma de um Arranjo Produtivo Local.
Criado com o objetivo de fortalecer a cadeia produtiva do setor, o APL será lançado amanhã (20), às 9h, com evento na regional de Diadema do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp).
A criação do polo, em 2002, estimulou sinergias como forma de otimizar a atividade produtiva de cosméticos, gerou empregos e renda e, de quebra, resgatou parte da autoestima da população de Diadema – que, na época, convivia com a fama de cidade mais violenta do país.
Porém, os empresários se dispersaram e as atividades do Polo de Cosméticos cessaram progressivamente devido à saída de empresas do município e a divergências entre seus coordenadores.
A iniciativa foi retomada em 2014 pelo prefeito Lauro Michels, cumprindo uma promessa de campanha. Atualmente, o setor reúne cerca de 100 empresas no ABC.
A programação de amanhã prevê o anúncio às empresas participantes dos integrantes do comitê gestor do APL, que será formado exclusivamente por membros das entidades e instituições de ensino – o leque inclui Ciesp, Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), Faculdade de Tecnologia (Fatec) e Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
As atividades serão desenvolvidas dentro de seis grupos temáticos. “Entre outros assuntos, vamos discutir gestão operacional, logística e criação de novos produtos”, afirmou em nota o coordenador do APL, Wilson Abreu.
Segundo o gerente regional do Ciesp Diadema, Dario Sanchez, o APL foi o formato escolhido para a iniciativa porque traz mais vantagens – o Polo de Cosméticos era uma ONG. “Será possível, por exemplo, habilitar-se à linha de crédito específica oferecida pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social)”, disse.