Ainda não confirmado no calendário da temporada 2020 da Fórmula 1, o GP Brasil pode não ser realizado em função do alto número de casos e mortes pelo coronavírus. Nesta sexta-feira (3), no primeiro dia de atividades do fim de semana do GP da Áustria, o chefe da Mercedes, Toto Wolff, declarou ser “inimaginável” correr no Brasil e nos EUA nesse momento.
A temporada da Fórmula 1 começou oficialmente nesta sexta-feira com a realização dos primeiros treinos livres para o GP da Áustria. O calendário, porém, ainda não está finalizado, contendo, nesse momento, apenas oito corridas, todas na Europa.
Antes do início da pandemia do coronavírus, a Fórmula 1 previa a disputa de três corridas na América – os GPs dos Estados Unidos (25 de outubro), México (1º de novembro) e Brasil (15 de novembro). Essas provas foram adiadas, assim como outras seis, sem nova data definida. Outras sete acabaram sendo canceladas.
Na avaliação de Wolff, dificilmente as provas brasileira e americana vão ser disputadas em 2020. “Olhando para esses países agora, não se pode imaginar que iríamos para lá”, afirmou o dirigente em entrevista à TV britânica BBC.
Wolff explicou que tem conversado com o chefão da Fórmula 1, Chase Carey, sobre o calendário da temporada da Fórmula 1. “Carey não quer fechar nenhuma porta, mas não parece que iremos para estes locais. Eles são muito cuidados e não vão lá se for arriscar as pessoas”, acrescentou.
OUTRO LADO
A organização do GP Brasil rebateu as declarações de Toto Wolff. “A evolução da pandemia em São Paulo não é diferente do que ocorre na Inglaterra ou na Itália e, pelas projeções, certamente diminuirá até novembro”, disse Tamas Rohonyi. “A organização do GP Brasil acompanha a situação e mantém a comissão médica da FIA atualizada. As decisões saem de lá, e não de dirigentes de equipes.”