
O governador d (PSDB) afirmou nesta sexta-feira (9) que tem um “plano B” para a disponibilização nacional de doses da Coronavac, caso não receba aporte financeiro do Ministério da Saúde para a distribuição do imunizante, que está em fase de testes em voluntários e é uma parceria do Instituto Butantã com a chinesa Sinovac. Doria confirmou que tem recebido a visita de deputados, senadores e governadores de outros estados, que já estariam interessados em adquirir a vacina.
“Nossa conversa é republicana. Não fazemos conversas políticas, eleitorais ou ideológicas em torno da vacina. Tanto é fato que os deputados, senadores e governadores são de vários partidos”, explicou. No próximo dia 21, o governador afirmou que terá uma reunião “definitiva” com representantes do Ministério da Saúde para decidir se a pasta vai adquirir ou não as doses da vacina e a subsequente distribuição pelo SUS.
“Teremos concluído a última fase de testagem da vacina, que já estará sendo avaliada pela Anvisa e teremos recebido 5 milhões de doses em São Paulo. Estaremos prontos para avançar”, afirmou. De acordo com o governador, a Coronavac foi classificada como uma das oito mais promissoras pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e está “nos últimos dias” da fase três de testagens, “sem ter apresentado nenhum obstáculo, contra indicação ou percalço”.
Doria explicou, ainda, que o “plano prioritário” é manter cronograma de imunização nacional, contando com o apoio do Ministério. “Essa é a forma correta, republicana e ética. Porém, se houver qualquer viés de ordem política, eleitoral ou ideológica que possa colocar em prejuízo os brasileiros de São Paulo, o Estado vai adotar a vacina, aprová-la na Anvisa e fazer a imunização dos brasileiros de São Paulo sim”, afirmou. Destacou que, neste caso, a Coronavac também estaria disponível para os outros Estados.
“Garantimos a vacina para os 45 milhões de brasileiros em São Paulo e desejamos que esta e outras possam chegar ao mesmo tempo a todos os brasileiros. Esse é o esforço que estamos fazendo junto ao Ministério da Saúde.”
Doria já havia declarado que, caso a vacina passe nos testes e seja aprovada pela Anvisa, começará a ser aplicada a partir de 15 de dezembro em profissionais de saúde.