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Carnaval na Globo

Em 2017, Globeleza deixa nudez de lado e homenageia festas típicas de Carnaval; iniciativa agrada

Quem já assistiu às novas vinhetas da Globeleza percebeu a mudança. Em 2017, a musa do Carnaval da Globo não está mais com o corpo nu, coberto apenas por pinturas, como nos outros anos. Agora, ela usa fantasias típicas de festas carnavalescas de todos os cantos do Brasil.

A mudança interrompe um costume iniciado em 1991, quando a Globeleza estreou, “na tela da TV, no meio desse povo”, com Valéria Valenssa. Desde então, a Globeleza sempre apareceu nua. “A ideia não era mudar o visual dela, mas enriquecer a vinheta com outros ritmos que compõem o Carnaval brasileiro e que traduzem a festa que toma conta do país”, explica a emissora, em nota.

A mudança agradou a Erika Moura, paulistana que interpreta a Globeleza desde 2015. “O mundo do Carnaval está na minha vida desde sempre. Foi interessante ter contato direto com festas típicas brasileiras”, conta ela, que, antes de ser Globeleza, já frequentava as quadras das escolas Mocidade Alegre e Tom Maior, em São Paulo. Ela diz que as novas vinhetas têm recebido elogios. “As pessoas falam bem dos vídeos. Todos, incluindo homens, dizem que estão interessantes. Eu não vejo diferença entre a Globeleza pintada e vestida”, decreta.

Ela diz que as novas vinhetas têm recebido elogios. “As pessoas falam bem dos vídeos. Todos, incluindo homens, dizem que estão interessantes. Eu não vejo diferença entre a Globeleza pintada e vestida”, decreta.

A alteração foi elogiada por pessoas ligadas aos movimentos feministas, que consideravam a nudez da personagem vulgar. Erika discorda. “Nunca vi o meu corpo como um objeto sexual, e, sim, como um instrumento para a manifestação do Carnaval. Mas, se a mudança agradou, fico feliz. Gosto de fazer as coisas para o público”, afirma a beldade.

Ainda por meio de nota, a Globo afirma que a mudança nada teve a ver com deixar de mostrar a Globeleza nua. “A ideia da vinheta tem a ver com a diversidade do Carnaval, que é uma festa popular, vanguardista, inclusiva, contestadora e múltipla. Buscamos um formato que representasse isso.” A emissora afirma que não sabe se vai manter o mesmo esquema nos próximos anos. (Leandro Vieira)

Nunca vi o meu corpo como um objeto sexual, e, sim, como um instrumento para a manifestação do Carnaval. Mas, se a mudança agradou, fico feliz.

 

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