
A Caixa Econômica Federal anunciou cortes nas taxas de juros de suas principais linhas de crédito a partir de hoje (1º) tanto para empresas como para famílias. Além disso, a partir de 19 de agosto o banco oferecerá um novo pacote de serviços, chamado “Caixa Sim”, com corte de até 40% nos juros.
“Não é razoável cobrar 10%, 15%, 20% de juros ao mês. A redução deve ser um movimento contínuo. Vamos reduzir taxas de todas as modalidades de crédito, em todos os segmentos”, afirmou o presidente da Caixa, Pedro Guimarães.
Segundo apurou a reportagem, o corte horizontal nos juros teria partido de uma orientação interna do banco e visa a se antecipar a uma retomada mais aquecida na demanda por crédito neste semestre.
No cheque especial para pessoas físicas, a redução nos juros é de 26%, com a taxa máxima caindo de 13,45% para 9,99% ao mês. Para jurídicas, a redução no cheque especial é de 33%, de 14,95% para 9,99% ao mês.
No pacote “Caixa Sim”, essas taxas serão ainda menores. No caso do cheque especial para famílias, a redução alcançará 33%, para 8,99% ao mês. Para empresas a redução será de 40%, também para 8,99% ao mês.
No crédito pessoal haverá corte de até 21% nas taxas. Hoje, o piso cobrado é 4,99% ao mês, e passará a ser de 2,29%. Nesse caso, as taxas variam conforme o perfil do cliente e se há relacionamento com o banco.
Pessoas físicas terão isenção da anuidade no cartão de crédito. “A isenção é importante em um momento de grande competição no mercado bancário, inclusive com a liberação de recursos do FGTS”, disse Guimarães.
Para empresas haverá redução de 11% nas taxas de capital de giro nas operações com aval de sócios (a partir de 1,69% ao mês) e de 13% nas de capital de giro com aval de sócios mais imóvel ou aplicação financeira (a partir de 0,99% ou 0,95% ao mês, respectivamente). Na antecipação de recebíveis com cartão de crédito, a taxa será de 1,85%.
Embora ainda dependa da autorização do Banco Central para lançar linha de crédito imobiliário referenciada pela inflação medida pelo IPCA, a Caixa começou a calibrar a taxa de juros prefixada que será cobrada nessas operações. Hoje, o financiamento imobiliário é remunerado pela taxa referencial (TR) mais taxa prefixada.
Segundo Guimarães, a equipe técnica está fazendo simulações sobre o prazo ideal para essas operações com o IPCA. “Alguns dados indicam que financiamentos com IPCA pela tabela Price talvez fiquem melhores em operações com tempo menor.”