
O presidente Jair Bolsonaro repetiu nesta quarta-feira (15) que a ideia do governo é convidar militares para participar de mutirão para “diminuir essa fila enorme que está no INSS”. Antecipada pelo Estadão/Broadcast, a contratação de militares da reserva é uma medida encontrada pelo governo para reduzir fila de 1,3 milhão de pedidos sem análise há mais de 45 dias até o fim de setembro de 2020.
“Não é convocar. Podem aceitar o convite para trabalhar ganhando 30% dos seus proventos. Não tem qualquer encargo trabalhista, não tem nada. É muito simples. Então, a primeira ideia é realmente convidar os militares a participar desse mutirão para a gente diminuir essa fila enorme que está no INSS”, disse o presidente em frente ao Palácio da Alvorada.
Devem ser contratados até 7 mil militares da reserva das Forças Armadas para este serviço. Bolsonaro disse que gostaria de publicar já nesta quarta-feira o decreto para encaminhar as contratações, mas que ainda está discutindo o texto.
“Lógico que tem de ter um treinamento antes (ao militar). Se aprovado, (trabalha) quase como um atendente. Juntar papelada, orientar, esse trabalho aí”, disse Bolsonaro.
Os militares da reserva contratados temporariamente para essa função receberão adicional de 30% sobre a remuneração, pago pelo próprio INSS. O custo estimado pelo governo federal é de R$ 14,5 milhões mensais durante nove meses – ao todo, gasto de R$ 130,5 milhões.
A expectativa é que o acúmulo de requerimentos caia numa velocidade de 150 mil a 160 mil pedidos ao mês. Sem a estratégia, o governo levaria cerca de 15 meses para acabar com a fila, prazo agora reduzido a seis meses.