As vendas no comércio eletrônico durante a Black Friday, na última sexta-feira (25), foram 17% maiores do que as registradas no evento de 2015. No pico, entre 0h e 1h, foram realizados cerca de 50 pedidos por segundo no varejo eletrônico brasileiro, informou a consultoria Ebit, do Buscapé.
O evento rendeu ao comércio eletrônico faturamento de cerca de R$ 1,9 bilhão. O resultado ficou abaixo do esperado pela própria consultoria, que projetava vendas totais de R$ 2,1 bilhões, o que representaria crescimento de cerca de 30%.
Previsões semelhantes, de ao menos R$ 2 bilhões, também foram feitas pela organização do evento (a Blackfriday.com.br) e associações do setor de comércio eletrônico.
O número de pedidos cresceu 5%, para 2,23 milhões, enquanto o valor médio de gastos do consumidor foi de R$ 653 – montante 13% maior do que no ano passado.
Cerca de 20% das compras on-line – ou R$ 380 milhões – foram feitas por meio de dispositivos móveis (celulares e tablets). No ano passado, essa modalidade respondeu por 9% do volume.
Quando se somam as vendas totais da sexta-feira com as registradas entre 20h e meia-noite de quinta-feira, período em que a maioria das lojas virtuais começou a colocar promoções no ar, o faturamento somou R$ 2,06 bilhões, mais próximo do calculado pela Ebit.
Em nota, a consultoria aponta que a antecipação de promoções acelerou as vendas na quinta-feira, o que ajudaria a explicar as vendas abaixo do esperado na Black Friday propriamente dita.
Reclamações
Seguindo avaliações do mercado, a Black Friday deste ano teve menos problemas do que as edições anteriores.
O Procon-SP registrou 845 reclamações de compradores pela internet neste ano. Em 2015, quando as queixas também tinham caído, foram 1.184.
A queixa mais recorrente nesta edição foi a mudança de preços de produto no fechamento da compra (quando o produto estava no carrinho). A seguir vieram reclamações de produtos em oferta indisponíveis e a maquiagem de preços –quando produtos têm valores inflados em semanas anteriores à Black Friday.
O órgão também fiscalizou 58 lojas físicas e encontrou irregularidades em nove delas (15%). Em 2015, o Procon-SP havia monitorado 35 lojas e constatado problemas em 14 (38%).