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BC corta Selic a 3,75% para tentar conter dano econômico do coronavírus

Banco Central corta taxa Selic a 3,75% para tentar conter dano econômico do coronavírus
Com corte de 0,5 ponto porcentual, BC voltou a acelerar afrouxamento monetário. Foto: Charles Sholl/Raw Image/Folhapress

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu nesta quarta-feira (18), por unanimidade, reduzir a Selic (taxa básica de juros da economia) em 0,5 ponto porcentual, de 4,25% para 3,75% ao ano. Trata-se do sexto corte seguido da taxa no atual ciclo, após período de 16 meses de estabilidade. Com isso, a Se­lic está agora em novo piso da série histórica do Copom, iniciada em junho de 1996.

Desde o início do atual ciclo, o Copom havia aplicado quatro reduções de 0,5 ponto porcentual e uma de 0,25, na reunião passada. Agora o comitê vol­tou a aumentar o ritmo de cor­te na taxa básica de juros.

O agravamento da crise global decorrente da pandemia do novo coronavírus levou diversos bancos centrais do mundo a intensificar o afrouxamento das condições monetárias em economias centrais desde o último fim de semana. Com isso, boa parte do mercado passou a defender corte de maior magnitude nos juros também no Brasil.

Ao justificar o corte de ontem, o BC avaliou que essa decisão reflete seu cenário básico e “balanço de riscos de variância maior que a usual” para a inflação prospectiva. Segundo o Copom, o corte para 3,75% ao ano é compatível com a convergência da inflação para a meta no horizonte, que inclui 2020 e, principalmente, 2021.

O BC também alterou sua projeção para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2020 de 3,5% para 3,0%. No caso de 2021, a expectativa passou de 3,8% para 3,6%.

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