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Bancários rejeitam nova proposta salarial e mantêm greve, que chega hoje ao 24º dia

Atual greve dos bancários já é a mais longa desde 2004. Foto: Eberly Laurindo

Após dois dias de negociação na Capital, os bancários rejeitaram no­va proposta salarial dos bancos e continuam em greve, que hoje (29) entrará no seu 24º dia.

O acordo com validade de dois anos pro­posto ontem (28) pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) mantém a proposta de reajuste de 7%, mas aumenta o abono para R$ 3.500, ante os R$ 3.300 oferecidos anteriormente pela entidade.

Além disso, prevê para o ano que vem que os bancários recebam a inflação mais aumento real de 0,5%.

Os bancários consideraram a proposta insuficiente, porque não cobre a inflação acumulada nos 12 meses anteriores à data-base (9,62%).

Desde o início da campanha salarial, a categoria pe­de e reposição inflacionária mais aumento real de 5%.

No ano passado, a greve durou 21 dias e garantiu aumento real de 0,11% aos bancários. Esta já a greve da categoria mais longa desde 2004.

O Comando Nacional dos Bancários – que negocia em nome de 140 sindicatos – rejeitou a proposta na mesa de negociação e orientou os sindicatos a realizar assembleias na segunda-feira para debater os rumos do movimento.

“Os bancos perderam excelente oportunidade de encerrar a greve mantendo a proposta que provoca perdas nos salários. Fica cada vez mais evidente que a decisão dialoga com a intenção de reduzir os salários para atender ao ajuste fiscal imposto pelo governo”, disse Roberto von der Osten, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).

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