Após três semanas de queda, óbitos por covid-19 voltam a crescer em SP

Após três semanas con­secutivas de queda no nú­mero de óbitos provocados pelo novo coronavírus, causador da covid-19, o estado de São Paulo voltou a apresentar, na semana passada, aumento no registro de mortes pela doença.

Na semana passada, que corresponde à 29ª Semana Epidemiológica, o total de mortes no Estado aumentou 14% em relação à anterior. Foram 1.945 óbitos contra 1.706 computadas na 28ª semana. O total da semana passada é recorde desde o início da pandemia.

Nas três semanas anteriores, o número de óbitos vinha caindo no Estado de São Paulo. Na 25ª Semana Epidemiológica, foram 1.913 mortes; na 26ª, 1.769; na 27ª; 1.733; e na 28ª, 1.706.

O coordenador executivo do Centro de Contingência do Coronavírus em São Paulo, João Gabbardo, disse nesta segunda-feira (20) que a alta de 14% está dentro das expectativas e é considerada ainda como estabilidade. “Estávamos, há três semanas, com redução no número total de óbitos, mas isso não altera o que ima­ginávamos desde o início do plano”, afirmou. “Até 15% (de aumento) conside­ramos como estabilidade.”

Segundo Gabbardo, uma das causas que justificam o comportamento de alta é o aumento do número de casos no interior do Estado. “Na última semana, o aumento no interior foi da ordem de 24%, mas são números que, no total, mantêm o Estado em situação de estabilidade, dentro da nossa previsão”, afirmou.

INTERIOR

Pela primeira vez, desde o início da pandemia, o interior paulista ultrapassou a região da Grande São Paulo (excluída a capital) em número de óbitos provocados pelo novo coronavírus. A informação foi divulgada nesta segunda pelo secretário de Desenvolvimen­to Regiona, Marco Vinholi.

O interior contabilizou 5.612 óbitos, ultrapassando os 5.318 registrados na região metropolitana. Até este momento o Estado contabiliza 19.788 mortes no total. Em relação aos casos, o interior alcançou o número registrado na capital.
“São 40% de casos no interior hoje e 40% na capital, com 166 mil em cada uma dessas regiões. Essa evolução veio se dando ao longo do último período”, disse Vinholi. O restante dos casos está na Grande São Paulo.