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Após destituição, Sindserv elege novo comando temporário

O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais e Autárquicos (Sindserv) de São Bernardo elegeu na noite de ontem (14) a nova diretoria que comandará a entidade pelos próximos três meses e que vai conduzir a quarta eleição do sindicato em um ano. A escolha da junta governativa acontece duas semanas após a Justiça acatar ação no Ministério Público do Trabalho (MPT) e determinar a destituição brdo atual comando do sindicato, liderado pelo presidente Giovani Chagas.

A escolha dos novos membros do conselho diretivo temporário ocorreu durante assembleia extraordinária realizada no Teatro Cacilda Becker, no Paço, e foi acompanhada por oficial de Justiça, que fiscalizou a contagem dos votos. Foram eleitos cinco servidores para compor a junta governativa, além de cinco integrantes titulares e cinco suplentes para o conselho fiscal.

Os membros das chapas 1 e 2 que disputaram o pleito anterior – realizado em agosto – foram impedidos de se candidatar à junta governativa, conforme estabelecido no edital de convocação publicado no último dia 6. O pedido de afastamento da atual diretoria aconteceu após o MPT cancelar o pleito de agosto por suspeita de fraude.

Suspensão

Em nota à categoria, o grupo de oposição criticou a data e horário escolhidos para a votação, além dos critérios para participação dos servidores. De acordo com a ala liderada pelo servidor da Educação Marcelo Gonçalves Siqueira, o grupo da situação tenta restringir a participação no pleito a servidores com, no mínimo, seis meses de filiação, o que feriria o estatuto da categoria. Um pedido de tutela de urgência para suspender o pleito chegou a ser impetrado pelo grupo, mas foi indeferido pela Justiça.

“Batalhamos muito pela retirada dessa diretoria, pois já sabíamos, e a Justiça comprovou, que foi ela a responsável pelos atos que levaram à nulidade das duas primeiras eleições, e ainda está sob investigação o papel da direção nos atos que levaram à nulidade da terceira eleição. A eleição da junta governativa será o momento de a categoria livrar de vez nosso sindicato da influência dessa diretoria governista e da CUT (Central Única dos Trabalhadores)”, afirmou a oposição.

Chagas, por sua vez, sustenta que seguiu as instruções peticionadas nos autos e o estatuto da entidade. “Não posso fugir daquilo que determinam o edital de convocação e a decisão judicial”, informou.

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