A América Latina e o Caribe atingiram mais de 200 mil mortos por coronavírus no fim de semana, tornando-se a segunda região mais afetada pelo novo vírus, atrás apenas da Europa. Brasil e México puxam a lista e concentram, juntos, três quartos das mortes da região, segundo dados da Universidade John Hopkins.
Com total de 200.212 mortos e 4.919.054 de casos confirmados, América Latina e Caribe viram uma explosão de contágios na última semana em diversos países. Na quarta-feira, o Brasil havia registrado o recorde diário de 1.595 mortes e a Colômbia, 380. Na quinta-feira, foi a vez de a Argentina registrar o recorde diário de 153 mortos.
Agora, os óbitos em razão da covid-19 na América Latina e no Caribe representam cerca de um terço do total mundial: 685.780 mortos e 17.868.148 pessoas infectadas, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). A Europa, região com mais mortes pela doença, registra 210.435 óbitos e 3.189.322 infecções.
No dia 28 de abril, a América Latina e o Caribe tinham superado a marca de 10 mil mortos. No dia 23 de junho, a região chegou aos 100 mil mortos. Pouco mais de um mês depois, os casos dobraram, superando os 200 mil mortos, uma aceleração que se intensificou em julho, chegando a uma média diária de 2.610 óbitos.
O pior é que o pico da curva não parece estar perto para países como o México, que no sábado registrou 9.556 novos casos e 764 mortes, segundo dados da secretaria de Saúde federal. Alguns especialistas estimam que o número de mortos oficialmente declarado na região está subestimado.
Brasil e México lideram a lista dos países latino-americanos mais afetados pelo novo coronavírus, com 93.563 e 47.472 mortos, respectivamente. Em seguida estão Peru (19.408), Colômbia (10 330) e Chile (9.533).
A covid-19 voltou a ganhar força no Peru um mês após o levantamento oficial da quarentena em grande parte do país, ao fechar o mês de julho com um recorde de 7.448 novos casos em 24 horas. O sétimo país do mundo e o terceiro da América Latina com mais casos de covid-19, o Peru soma 407.492 contágios e 19.408 mortes desde 6 de março.