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ABC reduz em 28% total de obras públicas atrasadas ou paralisadas

O ABC encerrou o ano passado com 29 obras públicas com problemas de cronograma – atrasadas ou paralisadas. Distribuídos nos sete municípios, esses projetos somam investi­mentos acima de R$ 270 mi­­lhões em valores iniciais de con­tra­to, dos quais aproximadamente R$ 119 milhões já foram pagos.

Os dados foram divulgados pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCESP), que começou a monitorar obras fora do prazo no começo de 2019 e, desde então, publicou quatro levantamentos trimestrais. Na comparação com o balanço divulgado em abril do ano passado, que apontou a existência de 40 projetos com problemas de cronograma na região, houve queda de 27,5%.

ABC reduz em 28% total de obras  públicas atrasadas ou paralisadasObras atrasadas ou paralisadas geram gastos sem trazer benefícios à população, pois sofrem com a ação do tempo, vandalismo e furtos. A mais antiga do ABC tem data de conclusão prevista para 2011.
Do total de obras na lista na região, 22 (76%) são de responsabilidade municipal, enquanto sete (24%) são de competência do Estado. No corte por áreas, a de infraestrutura urbana é a que concentra o maior número de casos (cinco), seguido de mobilidade e transporte (quatro), Saúde e educação (três cada).

Na comparação entre o pri­meiro e o quarto levantamentos, São Bernardo deu a principal contribuição para a queda de 27,5%, já que reduziu de 14 para sete o número de obras atrasadas ou paralisadas – resultado que pode ser atribuído à conclusão de projetos inacabados que a atual administração herdou da gestão anterior.

Deixaram a lista, por exemplo, a canalização do córrego Pin­dorama, entregue em janeiro deste ano, e o Centro de Atenção Psicossocial (Caps) Farina, inaugurado em abril de 2019.

O município, porém, é o res­ponsável pela obra mais antiga da lista: a construção do Centro de Educação Unificado (CEU) Silvina. Erguido na gestão do prefeito Luiz Marinho (PT), o equipamento escolar tinha ina­uguração prevista para 2011, mas foi en­tregue incompleto em abril de 2016 – sem o tea­tro previsto no projeto, o que explica sua presença na lista do TCESP.

Isoladamente, as prefeituras de São Bernardo e Ribeirão Pires têm o maior número de obras na lista (seis cada), seguidas pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), contratante de cin­­co intervenções com problemas de cronograma na região.

Na sequência aparecem as prefeituras de Mauá (quatro), Santo André (três), Diadema (duas) e Rio Grande da Serra (uma), além da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) e a Compa­nhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), com uma cada.

PAINEL
As informações podem ser baixadas na forma de planilha no Painel de Obra­s Atrasadas ou Paralisadas do TCESP. Disponível na página www.tce.sp.gov.br/paineldeobras, a ferramenta permite verificar a relação de obras com pro­blemas no Estado e traça recortes por áreas e cidades, além de tra­zer datas e valores contratuais.

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