O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) divulgou ontem (15) dados sobre a violência nas cidades, parte do “Atlas da Violência 2018: políticas públicas e retratos dos municípios brasileiros”, que compila dados do Ministério da Saúde, de 2016, referentes a 309 cidades com mais de 100 mil habitantes. Considerando a taxa de homicídio (número de assassinatos a cada 100 mil habitantes) mais a de mortalidade violenta por causa indeterminada (MCVI), todas as cidades do ABC – Rio Grande Serra que não aparece no estudo – estão fora do grupo das 100 mais violentas.
Considerando o ranking nacional, a cidade mais violenta do ABC é Santo André, que aparece na 198ª colocação, com taxa de homicídio e MCVI de 24,6 a cada 100 mil habitantes. Ribeirão Pires está em 221ª posição, com 20,6. Mauá está em 232ª e Diadema em 233ª, ambas com taxa de homicídios de 18,8. São Bernardo tem taxa de 16,7 e está na 245ª posição. A cidade menos violenta da região é São Caetano, cuja taxa de homicídios e MVCI é 9,4 e está na 289ª colocação.
Estado de São Paulo
Considerando apenas as 78 cidades do Estado de São Paulo que aparecem no levantamento, Santo André ocupa a 11ª colocação, Ribeirão Pires a 21ª, Mauá a 26ª; Diadema a 27ª, São Bernardo a 35ª e São Caetano a 63ª. O estudo também lista os 123 municípios que concentraram 50% do total de mortes violentas do país, utilizando os dados de todas as cidades, independente da população, e São Bernardo e Santo André figuram nessa lista.
O Atlas propõe discutir o papel da prevenção social dentro de uma abordagem de políticas de segurança pública efetivas, que “são o conjunto de princípios, programas e ações de natureza intersetorial que garantem baixas taxas de crime e de sensação de insegurança e medo.
Quando as expectativas futuras dos cidadãos se deterioram, quando o medo começa a imperar, deixa-se de confiar nas instituições do Estado, e as pessoas passam a abandonar o espaço público, segregam-se dentro de condomínios e compram armas de fogo”.
O Diário Regional pediu à Secretaria de Segurança Pública (SSP) e à Polícia Militar que comentassem os dados, mas ambas não se manifestaram até o fechamento da edição.