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ABC fecha vagas pelo 5º mês seguido, mas diminui ritmo de demissões

ABC fecha vagas pelo 5º mês seguido, mas diminui ritmo de demissões
ABC fecha vagas pelo 5º mês seguido, mas diminui ritmo de demissões

O ABC re­gistrou em julho o quinto mês consecutivo de perda de empregos com carteira assinada, mas o mercado de trabalho da região parece ter deixado para trás o pior momento da crise provocada pela pandemia de covid-19.

Em julho, os sete municí­pios fecharam 902 vagas formais, revelam dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) di­vulgados nesta sexta-feira (21) pelo Mi­nistério da Economia.

Apesar de ser negativo, o saldo sinaliza desaceleração no ritmo de demissões. Basta lembrar que, em abril, pior mês desde o início da pandemia, foram extintos 18.210 empre­gos ce­letistas.

Os dados dos meses anteriores foram atualizados on­tem pelo Ministério da Economia. Com o saldo negativo de julho, a perda líquida de empregos para a pandemia no ABC cresceu e agora soma 37.042 vagas desde que o novo coronavírus começou a se espalhar pelo Brasil, em meados de março.

Com isso, sobe para 5,2% a perda de vagas em relação ao esto­que existente na região em 1º de março (713.014).

No acumulado do ano até julho, o saldo é negativo em 33,6 mil postos de traba­lho celetistas fe­cha­dos, pior desempenho para o pe­río­do da série histórica do Caged.

Outra sinalização de que o ABC estancou ao menos parcialmente a perda de vagas reside no fato de que alguns municípios, como Diadema e São Caetano, voltaram a re­gistrar saldo positivo em julho (19 e 323, respectivamente), o que não ocorria desde fevereiro.

O mesmo ocorre no corte por atividades econômicas. Se, por um lado, indústria e serviços – setores mais atingidos pela crise no ABC – continuam a demitir (355 e 808 empregos extintos em julho, respectivamente), por outro cons­trução civil e comércio vol­taram a contratar (233 e 29).

Na indústria, fortemente de­­pendente do setor automotivo, a situação ainda é crítica e novas demissões devem ocorrer. Em meio à queda de quase 50% na produção de veículos em 2020, segundo a Associação Nacional dos Fa­bricantes de Veículos Automotores (Anfavea), montadoras enfrentam elevada ociosidade em suas fábricas. A Volkswagen, por exem­plo, alega ter excedente de 35% de mão de obra e nego­cia com os sindicatos demis­sões em suas quatro plantas no Brasil.

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