
Com a economia em recuperação da crise provocada pela pandemia do novo coronavírus, o mercado de trabalho formal do ABC registrou em setembro o segundo mês consecutivo de abertura de vagas.
Houve a criação líquida de 5.135 empregos com carteira assinada na região no mês passado, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta quinta-feira (30), pelo Ministério da Economia.
Trata-se do melhor resultado de 2020 e o melhor para o mês desde setembro de 2007, quando foram gerados 5.806 postos de trabalho.
Em agosto e setembro, o Caged registrou a abertura de 7.681 vagas nos sete municípios, o que recompõe 20,7% dos 37.108 empregos perdidos para a pandemia entre março, quando o novo coronavírus começou a se espalhar pelo Brasil, e julho.
No acumulado do ano até setembro, o saldo é negativo em 26.019 postos de trabalho extintos, pior resultado para o período desde 2015 (-27.310).
Com o resultado positivo de setembro, agora está em 683.560 empregos o estoque formal existente no ABC, com queda de 4,1% ante o apurado em 1º de março.
SETORES
No corte por atividades econômicas, o saldo positivo de setembro refletiu o desempenho favorável nos quatro principais setores, com destaque para os serviços, que geraram 1.854 postos de trabalho. Esse resultado foi puxado pelo segmento de locação de mão de obra temporária, com a abertura de 1.446 vagas.
O comércio criou 1.305 empregos, dos quais 966 no varejo, 290 no atacado e 49 no comércio e reparação de veículos automotores.
A indústria gerou 1.095 empregos em setembro, segundo resultado positivo consecutivo. O saldo refletiu o desempenho favorável nos segmentos de produtos de metal (338), móveis (273) e máquinas e equipamentos (174), enquanto o de veículos automotores e autopeças fechou 528 vagas.
Por fim, a construção criou 879 vagas em setembro.